O Relatório Analítico do PCMSO, exigido pela nova NR-7, substitui o antigo relatório anual e tem um caráter muito mais amplo, porque servirá como um “medidor” dentro da empresa.

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Assim, ele irá trazer informações explícitas sobre as ineficiências no processo de controle dos riscos ocupacionais, dizendo onde é necessário melhorar, ampliar e aplicar medidas mais eficazes.

Para isso acontecer de forma efetiva, o médico do trabalho precisa fazer a análise da incidência da ocorrência das doenças ocupacionais. Além de dizer o número de novos casos no último ano, o relatório também mostrará que o mesmo número de trabalhadores irá adoecer pelo mesmo motivo, se nada for feito naquele ambiente ocupacional.

O documento “Indicadores de saúde” de 2018 da Organização Pan-Americana da Saúde é bem didático sobre esse assunto. Primeiramente, ele adota o conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a define como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

Mensuração de saúde para o relatório analítico

A partir disso, mensurar saúde é entendido como o procedimento de aplicar uma escala padrão a uma variável ou um conjunto de variáveis, sob as formas de: 

– Taxas e proporções: como “taxa de prevalência da hipertensão ou porcentagem de mães adolescentes com idade entre 15 e 19 anos”;

– Médias: como “média de consumo de sal per capita em um município”;

– Medianas: como “mediana da sobrevida de pacientes com câncer”.

Na medicina do trabalho, a mensuração facilita para fazer comparações de casos de doenças em diferentes pontos no tempo e entre populações distintas. A partir destes incidentes, são derivados vários indicadores de mensurações relativas, como número acumulado, proporção, taxa e densidade.

A incidência é entendida como o número de casos novos de uma doença, dividido pela população em risco da doença (população exposta), em um espaço geográfico, durante um tempo especificado. Por isso, a sua análise é fundamental para verificar a ocorrência de novos eventos na população e seus fatores associados. 

Já a prevalência é definida como o número de casos existentes de uma doença, dividido pelo número de pessoas de uma população, em tempo especificado. Desta forma, a sua análise é fundamental para planejar e organizar os serviços e recursos existentes e adicionais, se necessário.

No fim, o relatório analítico vai apontar quão eficiente é o sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional dentro da empresa. Assim, ele vai além do PCMSO e se relaciona também com o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).

Saiba mais

Percebeu que o PCMSO traz responsabilidades a mais para os médicos do trabalho? A saúde ocupacional não vai mais ficar isolada no processo de decisão sobre a segurança e a saúde dentro das empresas, porque agora as duas áreas estão integradas.

Por isso, a Ziviti desenvolveu uma metodologia exclusiva para facilitar o processo de elaboração do PCMSO. Nos siga nas redes sociais para saber mais sobre o assunto: InstagramFacebookLikedIn e YouTube. Em caso de dúvidas, entre em contato!

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